O clássico cantor carnavalesco <b>Alceu Valença</b> concedeu recentemente uma entrevista ao veículo GZH sobre as mais de<b> cinco décadas de carreira na música</b>. Natural de São Bento do Una, município de Pernambuco, o artista de 78 anos embarca numa agenda de São João que conta com seus maiores sucessos de seu repertório no ritmo da festa.Na lista de músicas do show do cantor, com certeza estão incluídas<b> “Anunciação”, “Tropicana”,</b> além de um <b>tributo a Luiz Gonzaga</b> e<b> Jackson do Pandeiro</b>, com <b>“Xote das Meninas”, “Vem Morena”, “Pagode Russo”, “Numa Sala de Reboco”, “Olha pro Céu”</b> e<b> “O Canto da Ema”</b>: “Preciso colocar algumas músicas que se eu não tocar, o povo joga um copo de vinho em cima de mim”, brincou o cantor.Alceu, em conversa com o GZH, contou sobre sua relação com a <b>musicalidade tradicional</b> do São João, que tem uma conexão com suas raízes natais, na cidade de São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco.“Isso vem dos violeiros, dos cordelistas, dos emboladores, dos coquistas, dos sanfoneiros de oito baixos, dos vaqueiros que cantam um aboio. Tudo o que vivenciei na minha cidade natal teve um reflexo muito grande em mim. [...] Quando chega a época de São João, eu procuro respeitar a tradição. Mas, evidentemente, a gente vai atualizando as coisas”, contou.Alceu Valença afirma ter <b>diversas facetas na sua profissão</b>: o carnavalesco, o junino, e muitas outras. Seu lado compositor, que o cantor apelida carinhosamente de “Alceu Urbano”, continua ativo após tantos anos de carreira. Em 2026, Alceu prepara uma turnê em comemoração aos seus 80 anos de idade, em que será possível ter um vislumbre destas diversas facetas artísticas.“Minha mãe viveu 104 anos. Acho que eu pintei dela uma certa filosofia. Sempre falei muito sobre o tempo desde muito menino. Tem uma música minha chamada “Embolada do Tempo”: “Você quer parar o tempo. E o tempo não tem parada (...) O tempo em si não tem fim, não tem começo. Mesmo pensado ao avesso não se pode mensurar”, refletiu o cantor.Mesmo com a idade avançada, Alceu afirma que <b>não pretende parar</b> de se apresentar nos palcos e de compor. Além de sua função como letrista, o cantor também escreve em outros formatos, preparando inclusive um livro de crônicas para o futuro.“A música só ganha forma quando aparece com inspiração muito grande; aí eu componho. Respeito quem faz jingle, mas não sei fazer uma coisa bem mais prática e pragmática. Eu não: sou antiprático. [...] Todo artista é inquieto. Se for realmente artista”, encerrou o cantor em entrevista ao GZH.